O momento é delicado para a economia, e não somente no Brasil. O mundo todo passa por uma grave crise, que foi impulsionada pela pandemia causada pelo coronovírus, que segue ativa por aqui e já está em sua segunda onda em outros países, especialmente na Europa.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), diversos países verão seu PIB cair consideravelmente em 2020. As perspectivas são de uma queda de 9% no Brasil. Já na Espanha, é de 12%, enquanto os Estados Unidos tem uma previsão de queda de 8%.
Embora não haja uma previsão para o fim da pandemia, a pergunta que não quer calar é: como retomar a economia depois dela? A resposta é simples: apostando no desenvolvimento sustentável, a economia verde, como vem sendo chamado.
De acordo com artigo publicado no site WRI Brasil, “reconstruir a economia exatamente como ela era antes – uma economia em que os combustíveis fósseis são a principal fonte de energia, que o desmatamento e a degradação de ambientes naturais seguem sem freios – pode resultar em novos problemas sociais e ambientais, afetando a qualidade de vida das populações. Por isso, a retomada econômica precisa ir além da forma convencional de se fazer negócios, vencendo o “business as usual”. É preciso fazer da recuperação econômica uma retomada “verde”.
O mesmo artigo explica como isso acontece. “É uma retomada econômica que aproveita oportunidades de investimento em setores estratégicos, promovendo novas tecnologias, inovações nos processos de produção e uso mais eficiente dos recursos públicos e privados, tirando as pessoas da pobreza e criando empregos. Além disso, também reduz a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo a poluição do ar e resultando numa sociedade mais resiliente a surtos de doenças e aos impactos das mudanças climáticas.”
Fato é que o interesse pelo tema vem crescendo e boa parte dos consumidores já cobra das empresas atitudes mais positivas em relação ao meio ambiente. A preocupação, no entanto, foi além e chegou a ambientes poderosos, conforme ressaltam Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, e Paulo Hartung, economista e presidente executivo da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), em artigo publicado na Folha de São Paulo. “Vemos manifestações de instituições financeiras exigindo padrões ambientais e sociais. Grandes fundos de investimentos mundiais sinalizaram preocupação com projetos com muita emissão de CO2.”
A retomada verde em números
Estudo realizado pela WRI Brasil em parceria com a New Climate Economy antes da pandemia, uma ação climática ambiciosa pode resultar em um ganho líquido de US$ 26 trilhões em benefícios econômicos no mundo todo até 2030. Só em postos de trabalho, o número seria de mais de 65 milhões de novas vagas.
No Brasil, seriam 2 milhões de empregos a mais e um valor adicional de PIB de R$ 2,8 trilhões em comparação com o modelo de desenvolvimento atual. Levando em consideração que a degradação do meio ambiente está diretamente relacionada à pandemia e há uma imensa possibilidade de novas doenças causadas pelo desmatamento, esses números podem aumentar significativamente.
Os benefícios sociais e econômicos de uma retomada verde no Brasil não param por aí. Segundo o estudo, uma rápida mudança para uma economia de baixo carbono e climaticamente resiliente poderia proporcionar:
– Restauração de 12 milhões de hectares de pastagens degradadas;
– R$ 19 bilhões em produtividade agrícola adicional até 2030;
– R$ 742 milhões em receitas fiscais adicionais até 2030;
– Redução de 42% nas emissões de gases de efeito estufa em 2025 em relação aos níveis de 2005;
– Maior capacidade de atrair investimentos internacionais;
– Menos desigualdade, mais competitividade e livre de desmatamento;
– Efeitos positivos logo após o investimento com resultados imediatos para a economia.
O estudo completo está disponível para download neste link.
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Não é preciso, porém, ser um produtor para realizar um investimento verde. Aqui, na Ymbu, oferecemos cotas para todas as pessoas interessadas em participar desta nova economia. Para saber como funciona, clique aqui e veja como garantir um futuro mais verde e sustentável.