Em conjunto com as consultoras CO2logic (Bélgica) e Mkaarbon Safari (Alemanha), a empresa busca reflorestar áreas degradadas e mitigar o efeito das mudanças climáticas
Desde que nasceu, em 2015, a Ymbu executa seu trabalho acreditando que é possível haver um mundo mais sustentável e produtivo, com equilíbrio entre os pilares econômico, social e ecológico. Hoje, contabilizando mais de 600 mil árvores nativas plantadas na Caatinga, a empresa atua em projeto inédito na região, por meio do qual irá ampliar consideravelmente esse número.
O projeto “Nature Conservation Reforestation project – Caatinga Biome, Ceará” (“Projeto de Reflorestamento e Conservação da Natureza – Bioma Caatinga, Ceará”) tem o objetivo de reflorestar 600 hectares de terras degradadas, que permaneceriam nessa condição sem a existência dessa iniciativa da Ymbu. Serão 2 milhões de árvores nativas plantadas.
Certificado como um projeto de carbono sob o Padrão Ouro “Gold Standard2”, o trabalho é implementado pela Ymbu em conjunto com as consultoras de carbono CO2logic/Southpole, da Bélgica, e Mkaarbon Safari, da Alemanha.
O projeto visa mitigar o efeito das mudanças climáticas através da captura de carbono, protegendo e melhorando o habitat. Mais especificamente, são esses os objetivos:
– Mitigar os efeitos das mudanças climáticas através da captura de carbono, restaurando uma floresta natural e biodiversa, através do plantio de espécies locais/nativas;
– Criar uma área altamente vegetada e altamente produtiva no semiárido brasileiro, por meio da adoção de técnicas adequadas às condições climáticas locais e do reconhecimento da aptidão dos recursos naturais presentes na região;
– Proteção e melhoria da biodiversidade do Bioma Caatinga;
– Criação direta de empregos, com salários que respeitam o nível do salário mínimo no Brasil ou acima, empregando membros da comunidade local no processo contínuo da semente à árvore.
“O tipo de crédito de carbono gerado através de plantio e reflorestamento direto é o mais valorizado do mercado. Essa iniciativa será um dos maiores projetos de carbono de reflorestamento ativo em florestas tropicais secas do mundo”, explica Mathias Lessmann, fundador da Ymbu. “É um projeto muito desafiador, mas que traz inúmeros precedentes para criação de empregos e geração de renda direta através da restauração e conservação da natureza. Estamos criando o caminho para credibilizar projetos desse tipo em nossa região e em todo Bioma Caatinga.”
As atividades executadas pela Ymbu
A Ymbu é pioneira na implementação florestal no Bioma da Caatinga. Possui um viveiro de grande porte, trabalhando desde a coleta de sementes, produção de mudas, preparação da terra à implementação florestal. Com uma equipe local, que conhece os desafios do bioma e incluindo um layout florestal diversificado, o projeto visa criar um ecossistema próspero para a flora e fauna nativas, maximizando os ganhos ecológicos e sociais do projeto.
O cronograma das atividades da Ymbu prevê o plantio de 600 hectares até 2025, cerca de 2 milhões de árvores. A área será coberta por mais de 15 espécies arbóreas diferentes, que foram selecionadas considerando a promoção da saúde do solo, seus aspectos florísticos e forrageiros, vitais para a fauna nativa, e sua densidade. As árvores foram também escolhidas por seu simbolismo tanto para o Bioma da Caatinga quanto para o Brasil.
Sabiá, Jucá, Jurema branca, Jurema preta, Catingueira, Tamboril, Angico, Mutamba, Ipê roxo, Mulungu, Pereiro, Braúna, Barriguda, Cumaru, Imburana, Aroeira, Gonçalo Alves e Violete irão compor a área, totalizando cerca de 3.000 árvores por hectare.
As primeiras já foram plantadas no início deste ano, ocupando cerca de 50 hectares. O restante do plantio será realizado em duas fases: 300 hectares em 2023 e 250 hectares em 2024.
“Tivemos que adaptar todos os nossos sistemas produtivos para atender o projeto, desde a coleta de sementes, produção de mudas, preparo de campo e implementação. É um desafio enorme, mas conseguimos finalizar o piloto em abril de 2022 e estamos nos preparando para a maior fase do projeto, que será o plantio de 300 hectares em 2023”, conta Mathias Lessmann, fundador da Ymbu. “Tivemos um período chuvoso muito bom esse ano, e a expectativa é que em 2023 esse quadro se mantenha. Com a bagagem adquirida, pretendemos expandir esse tipo de projeto para pelo menos mais 2.000 hectares nos próximos 4 anos.”
Na galeria, registros do plantio realizado em 2022.